Pitágoras: o
primeiro matemático
Filho de um rico
mercador da ilha grega de Samos, Pitágoras nasceu por volta de 565 a.C. Há quem
diga que ele na verdade era filho de Apolo, deus grego da música, poesia e
dança. Vinte anos antes de seu nascimento, a filosofia ocidental tinha surgido
com Tales de Mileto. Desde então vários pensadores começaram a tentar explicar
de forma racional as origens do mundo. Foi nesse começo da idade de ouro da
Grécia antiga que Pitágoras cresceu.
Foi provavelmente em
suas viagens ao Egito que Pitágoras adquiriu seus conhecimentos sobre
matemática, já que seus professores, os filósofos Ferécidas e Anaximandro, não
eram matemáticos. Na época o Egito era considerado mais culto do que a Grécia e
segundo Aristóteles foi naquele país que tiveram início as ciências matemáticas,
pois lá os sacerdotes gozavam de muito tempo livre para se dedicarem a esse
desafio intelectual.
Os egípcios tinham
inventado a aritmética e a geometria. A prática constante de medir os limites
de uma propriedade a cada cheia do rio Nilo os levou a uma sofisticação
geométrica. Depois de conhecer a matemática egípcia, Pitágoras foi para a
Babilônia. Lá a matemática tinha alcançado níveis abstratos muito além do que
os do Egito. Há relatos de que Pitágoras teria ido além da Babilônia e feito
contato com magos persas, brâmanes indianos e druidas celtas. Além de buscar o
conhecimento matemático, nessas viagens Pitágoras pode ter feito também uma
espécie de busca religiosa.
Quando Pitágoras
retornou a Samos, ele se tornou o mestre residente na corte de Polícrates,
tirano que governava a ilha e havia destinado parte da enorme frota de navios
da cidade para a pirataria. Mas, Pitágoras se considerava superior a qualquer
tirano e o confronto com Polícrates o fez ser banido de sua ilha natal. Em 529
a.C. ele se estabeleceu na colônia de Crotona, na região da Magna Grécia. Lá
passou a ensinar filosofia. E foi nessa época que começou a desenvolver sua
importante obra matemática.